As três mortes de Quincas No livro “A morte e a morte de Quincas Berro d’ água” Jorge Amado conta a história do funcionário público e boêmio Quincas e suas mortes ao longo da vida. Quem primeiro matou Quincas foi sua família, preferindo acreditar que o Joaquim Soares da Cunha viveu de forma digna e correta, mas a verdade é que este tornou-se um boêmio apelidado de Quincas Berro d’água. A segunda de suas mortes ocorreu de forma natural, talvez tivesse ele bebido demais durante a noite. Somente em sua terceira morte realiza seu desejo de ter seu corpo jogado ao mar durante uma tempestade. Toda a história se passa em Salvador, na Bahia e Jorge Amado como um grande admirador da cultura baiana nos dá uma riqueza de detalhes da cultura e modo de vida dos boêmios e dos trabalhadores daquela região que acabei o livro sentindo-me uma típica baiana No começo fiquei confusa com o livro pois não entendia como ele poderia morrer de fato duas vezes, uma por bebida e a outra ao se jogar no mar durante a tempestade, mas agora entendo que fiquei confusa porque esperava verdade demais de um livro que não se importava em ser realista e sim em ser verossímil. Das mortes de Quincas a mais doida para mim foi a primeira, achei toda a situação em que a família o colocou muito injusta e de certa forma admirava a coragem que Quincas teve de abandonar tudo e aproveitar. A mais poética de todas foi sua última morte, acredito que tenha algo de encanto em escolher jogar-se ao mar no lugar de ser enterrado, o mar em geral me remete a algo poético. A leitura do livro é simples e típica desse autor, assim como o cenário onde se passa a história é uma marca registrada de Jorge Amado, mesmo o leitor que não tem o hábito de ler esse tipo de literatura não sentirá dificuldades com esse livro. Como uma das obras mais importantes da nossa literatura e de uma leitura relativamente simples e rápida acredito que todos deveriam dar uma chance a esse livro e deixar-se encantar pela coragem de Quincas em morrer tantas vezes. Resenha por: Millena Alves Paiva
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As três mortes de Quincas
No livro “A morte e a morte de Quincas Berro d’ água” Jorge Amado conta a história do funcionário público e boêmio Quincas e suas mortes ao longo da vida.
Quem primeiro matou Quincas foi sua família, preferindo acreditar que o Joaquim Soares da Cunha viveu de forma digna e correta, mas a verdade é que este tornou-se um boêmio apelidado de Quincas Berro d’água. A segunda de suas mortes ocorreu de forma natural, talvez tivesse ele bebido demais durante a noite. Somente em sua terceira morte realiza seu desejo de ter seu corpo jogado ao mar durante uma tempestade.
Toda a história se passa em Salvador, na Bahia e Jorge Amado como um grande admirador da cultura baiana nos dá uma riqueza de detalhes da cultura e modo de vida dos boêmios e dos trabalhadores daquela região que acabei o livro sentindo-me uma típica baiana
No começo fiquei confusa com o livro pois não entendia como ele poderia morrer de fato duas vezes, uma por bebida e a outra ao se jogar no mar durante a tempestade, mas agora entendo que fiquei confusa porque esperava verdade demais de um livro que não se importava em ser realista e sim em ser verossímil.
Das mortes de Quincas a mais doida para mim foi a primeira, achei toda a situação em que a família o colocou muito injusta e de certa forma admirava a coragem que Quincas teve de abandonar tudo e aproveitar. A mais poética de todas foi sua última morte, acredito que tenha algo de encanto em escolher jogar-se ao mar no lugar de ser enterrado, o mar em geral me remete a algo poético.
A leitura do livro é simples e típica desse autor, assim como o cenário onde se passa a história é uma marca registrada de Jorge Amado, mesmo o leitor que não tem o hábito de ler esse tipo de literatura não sentirá dificuldades com esse livro.
Como uma das obras mais importantes da nossa literatura e de uma leitura relativamente simples e rápida acredito que todos deveriam dar uma chance a esse livro e deixar-se encantar pela coragem de Quincas em morrer tantas vezes.
Resenha por: Millena Alves Paiva
Resenha apresentada por Millena Alves Paiva, em 29/08/2014
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