O RETRATO DE DORIAN GRAY

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Millena Alves Paiva 
(Pessoal)
Referência: WILDE, Oscar. “O retrato de Dorian Gray”. 1ª edição. São Paulo: Abril S.A. Cultural e Industrial, 1972. 270 páginas.


2 comentários:

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Influência destrutiva
O retrato de Dorian Gray, escrito por Oscar Wilde, narra a história de Dorian Gray, um jovem muito bonito que acaba sendo influenciado pelas ideias de beleza e de prazer de seu amigo Lorde Henry, a beleza do jovem fica eternizada em um retrato seu pintado por Basílio Hallward, retrato este que manterá Dorian Gray jovem para sempre, tornando-se um martírio para este após algum tempo.
A história se passa na Inglaterra do século XIX e esse fato já fez com que eu tivesse uma paixão especial por esta obra, livros que retratam a Inglaterra nesse período são absolutamente fantásticos e com esse não poderia ser diferente. Os personagens foram incrivelmente bem construídos, fazendo com que o leitor se sinta como se realmente estivesse presenciando uma conversa entre dois cavaleiros desse período.
Os diálogos entre Lorde Henry e Dorian Gray são incríveis, tive uma afeição especial por Lorde Henry, suas constatações me faziam acreditar que aquele livro havia sido escrito para mim, como se tivesse uma parte de mim entre aquelas palavras. A vontade que Lorde Henry tinha de influenciar Dorian e observar o efeito de suas palavras naquele jovem era algo simplório, admito que tive que tomar cuidado diversas vezes durante a leitura para não ser eu mesma influenciada por ideais tão absurdos e ao mesmo tempo tão verdadeiros.
Dorian Gray chegou a um estado extremo de loucura, principalmente quando o assunto se tratava de seu retrato, todo ato cruel ou errado que Dorian fazia não se refletia em sua expressão, que continuava bela e jovem, mas sim no retrato, que a cada dia ia ganhando feições mais pitorescas. Havia tanto de Dorian Gray no retrato que Basílio tinha feito que o retrato se tornou a alma de Dorian, e um não poderia existir sem o outro.
A linguagem do livro é simples, uma linguagem típica de livros daquela época e com os costumes daquela Inglaterra mas o leitor que assim como eu está acostumado a livros com uma linguagem um pouco mais rebuscada não sentirão dificuldades. A aqueles que ainda não leram nada do tipo sugiro que deem uma chance ao encanto e fascínio que este livro nos provoca.
A leitura do livro é perfeita, ela flui de forma naturalmente, especialmente no início e no fim da história, os diálogos interessantes, os personagens incrivelmente bem construídos e com uma profundidade que chega até a assustar um pouco.
Com um começo que prende o leitor e com um final eletrizante que surpreende a todo leitor, mesmo aquele que já tenha lido a última página, como foi o meu caso, o livro é único, quase uma obra de arte. Recomendo-o a todas as pessoas, acredito que toda pessoa deveria ler esse livro, em algum momento da vida, e desfrutar de uma leitura tão bonita e cativante.
Esse foi sem dúvida um dos melhores livros que eu já li nos últimos tempos, talvez tenha sido o momento em que eu comecei a ler ele que só fez com que eu me identificasse ainda mais com ele ou talvez ele seja bonito demais para não ser gostado, com certeza ele terá um espaço na minha prateleira de honra.
Resenhado por: Millena Alves Paiva

Turma TOP 1 disse...

Resenha apresentada por Millena Alves Paiva, em 29/08/2014

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