Todos sabem que a leitura é uma base para uma boa escrita. Um
escritor, por exemplo, ele precisa ler para poder absorver o que foi lido e as
vezes escreve em qualquer lugar. Nunca consegui escrever em um local com tantas
pessoas, acho que isso é normal. E não tenho tanta facilidade de escrever
qualquer tema proposto. Não lembro da idade, mas ganhei um diário bem fofinho
vindo de Rondônia. Encontrei-o um dia desses, mas joguei-o fora por sentir
vergonha das coisas escritas. Minhas maiores produtividades foram nos momentos
de tristeza. Por incrível que pareça, só escrevo coisas boas quando estou triste.
No ano do falecimento da minha avó, foi o período que mais escrevi coisas
bonitas. Ela sempre foi um exemplo para todos, uma vitoriosa por ter conseguido
superar todas as dificuldades e ainda mais sem visão, mas isso não vem ao caso.
Identifico-me com escritoras profundas, porque sou daquelas que tento colocar
no papel todas as palavras que foram caladas.
Na minha antiga escola, escrevíamos muito pouco. Tínhamos um
caderninho pequeno e a cada aula (uma vez na semana) a professora passava um
tema e tínhamos que desenvolve-lo. As vezes, o tema era livre. Foi a partir daí
que amei escrever. Quando não queria dizer algo para alguém, escrevia tudo em
um papel e depois jogava fora. Parecia que toda aquela dor saia naquele
momento.
Como mudei de escola, mudaram-se os métodos. Temos um
professor exclusivo para a matéria de redação, ganhamos uma apostila e a cada
trimestre ganhamos mais de vinte temas novos para escrever o que desejar. A
cada semana, devemos escrever duas. E assim vai. Perdi as contas de quantas
redações já escrevi esse ano. Sem querer ser exagerada, foi mais de 50! Amei
esse novo método, foi uma das únicas mudanças que não senti dificuldade e foi
bem-vinda. E sei que se nós (do 1º ano) fossemos olhar a diferença das redações,
iremos perceber a grande "evolução"!
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